sexta-feira, 31 de março de 2017

Sobre a Religião #6

O texto desta semana assinado por Abraão Esteves aborda um dos tópicos que mais inflama o autor, e tenho a certeza de que será tema recorrente desta rubrica. Muito se diverte Abraão nas conversas que tem comigo ou com Krill, ou com outra pessoa qualquer, sobre este tema, por isso é só para avisar de que é provável que venham a aparecer mais posts sobre isto. (E não, para blogues comunistas não envio ninguém, nem mesmo o Abraão; (nada contra blogues comunistas ☭)).

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Se há área filosófico-político-económica que me interessa, é a religião. É-me fascinante ver todo o engenho que existe para conseguir manter um sistema religioso ativo. Todo o marketing, toda a propaganda, toda uma adaptação da verdade absoluta e inquestionável que uma religião tem de pôr em prática para se poder manter no mercado. Absolutamente fascinante.

Todo o esforço hercúleo necessário para fechar a mente dos «crentes», todo o esforço para conseguir pôr os «crentes» a afirmarem que acreditam em verdades que, na verdade, não acreditam, não por estarem contra, mas por nem as conhecerem.

Tudo isto me fascina pelo lado negativo, pelo lado mais negativo que possa existir. No outro dia ouvi uma freira na Síria afirmar que deus, ou «Deus», não nos dá uma cruz que não possamos carregar. Já mais serei capaz de pôr por palavras o perigo e a maldade diabólica que está por detrás de uma afirmação destas.

Enfim, vou tentando compreender os possíveis com os «religiosos» que conheço. É estranho que por vezes, nessas conversas, em vez de descobrir mais sobre a fé, descubro mais sobre os mecanismos e as consequências da religião.

Como dizia no outro dia ao nosso Camarada Krill Krovinović, um cientista pode, na minha inocente forma de ver o mundo, ter a fé que quiser. O problema é quando mistura a ciência com a religião. Esta mistura nunca funciona bem. Para nenhum dos lados.

Mas este é apenas um lado do problema. Ou melhor, apenas uma das consequências. Uma consequência mais geral é envolver os outros dos dogmas, que mais não são do que os pilares de todas as religiões e políticas.

Bem, e por hoje não falo mais de religião que o Kinch ainda me manda para outro blog qualquer. E o problema é se me manda para um blog comunista…

Abraão Esteves

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